quarta-feira, 2 de abril de 2014

300: A ASCENSÃO DO IMPÉRIO foge das duas fórmulas mais conhecidas para se fazer uma continuação de um blockbusters hollywoodiano: as narrativas que simplesmente dão prosseguimento aos fatos apresentados no filme original; e as que mostram eventos anteriores aos fatos originalmente filmados, chamadas de prequel. Essa sequência do filme de 2006 tem sua história situada paralela aos acontecimentos do filme de Zack Snyder e a interligação com a trama original, mesmo que passando raspando na maior parte dos momentos, estabelece certa conexão que funciona (não traz elementos que prejudicam a lembrança do original, nem deixam barrigas para essa sequência). A presença de Zack como colaborador do roteiro e produtor pode explicar isso.

A direção cabe ao novato Noam Murro, e a piada-pronta com o exagero dos abdomens super trabalhados também cedo espaço aos efeitos visuais que agora se apoiam ainda mais na exacerbação da violência: longos closes e slow motions de cortes, decapitações e sangue voando nos quatro cantos da tela. Braços, pernas e cabeças se soltam dos corpos em câmera lenta, que fazem do filme um tipo de cinema que busca o asco a todo instante - precisa ter estômago para encarar. Fora isso, a trama que envolve a batalha entre gregos (agora atenienses, liderador por Temístocles, interpretado pelo ator Sullivan Stapleton) e persas ganha a presença de uma personagem feminina, Artemísia (Eva Green), que mesmo com a vilania assumida, tem um passado cheio de argumentos forçados, deixando o filme carente de assumir uma posição entre os dois lados batalha na primeira metade da trama.

Para ver: 300: A ASCENSÃO DO IMPÉRIO  (300: Rise of an Empire, 2014, de Noam Murro). Com Sullivan Stapleton, Eva Green, Lena Headey, Rodrigo Santoro.
Cotação: 

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