Todas
as sacanagens fazem parte, basicamente, de dois universos: a família do casal
vivido por Seth e Rose, pais da recém-nascida Stella; e a fraternidade dos
universitários em que Zac e Dave presidem, que se mudam pra casa ao lado. As
piadas, logicamente, rondam esses dois cenários e os conflitos que existem entre
eles. Esquematicamente, o roteiro percorre uma sequência bastante lógica (‘apresentação
do casal’, ‘apresentação dos universitários’, ‘tentativa de convivência’ e ‘guerra
declarada’) que faz com que as piadas tenham boa fluência dentro das ações – o diretor
chega a ensaiar alguns ótimos momentos com a câmera, como por exemplo,
recriando a sensação de se estar bêbado e caminhar por um corredor estreito e
cheio de luzes. A entrega de Seth, Rose, Zac e Dave aos papéis é impressionante
– especialmente o casal. Os dois estão impecáveis como os pais divididos entre
vida de adulto e o gozo das delícias da juventude sem cobranças (o duelo entre
os dois estilos de vida é o grande assunto do filme, que também é construído a
partir do olhar dos garotos, o que torna a produção ainda mais especial).
Apesar de mirar no público masculino, VIZINHOS é capaz de divertir aos montes qualquer espectador, desde que esqueça seus brios e pudores do lado de fora da sala de cinema.
____________________________________________________________________
Para ver: VIZINHOS (Neighbors, 2014, de Nicholas Stoller). Com Seth Rogen, Rose Byrne, Zac Efron, Dave Franco, Christopher Mitz-Plasse.
Apesar de mirar no público masculino, VIZINHOS é capaz de divertir aos montes qualquer espectador, desde que esqueça seus brios e pudores do lado de fora da sala de cinema.
____________________________________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário