Heróis de
rostos consagrados e os novos herdeiros juntos, em uma única produção. Duas
linhas narrativas, dois clímax. E embora Singer entregue uma grande diversão, com
forte pano de fundo na história mundial, a fascinante ideia de se ter tudo em
dobro fica devendo na comparação com seu último filme com os mutantes. Há uma
aposta bastante simplista na narração, que cresce com suspense e sem surpresa em
direção ao ponto chave: os mutantes se salvarão ou finalmente os homens conseguirão
exterminar seus inimigos sobre-humanos? O desequilíbrio entre as duas linhas de
ação começa quando, aproveitando ao máximo o momento de superexposição da maior
estrela da Hollywood atual, Jennifer
Lawrence, o roteiro alça a vilã Mística à protagonista da maior parte da
trama – situada no passado em que Wolverine (novamente Hugh Jackman) retorna para convencer os jovens Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) a desmantelar o
esquema do governo com a criação dos robôs que caçam os mutantes. Mística, cujo
DNA se transforma em qualquer pessoa, é a chave que a raça humana precisa para
combater qualquer poder mutante. Mas a sensação que se tem é de ‘mais do mesmo’:
um retorno ao velho e burocrático debate entre as forças politica dos homens e
os heróis mutantes (com direito a sequências de ação ao redor da mesa de
reunião de figurões da política), agora permeados de pequenos artifícios que
costuram ficção e realidade (o assassinato do presidente JFK, a Guerra do
Vietnã, a China como a grande potência do futuro) e passado e futuro
(personagens em formação, poderes ainda não completamente adquiridos, e a
chance de encontrar novos mutantes). É claro que, dentro de um dorso narrativo
bem mais comprido, não faltam boas sequencias para a trama em que Wolverine
tenta salvar a vida dos mutantes - em especial uma acontecida na cozinha da
Casa Branca, com a ajuda de um moleque que se move em velocidade sobre-humana, Peter,
brilhantemente filmada por Singer.
O futuro esquecido, abandonado em quase todo o filme, volta com força em seus 40 minutos finais, onde é mantido com incrível tensão. As polarização global entre norte-americanos e chineses se tornam palco dos duelos que podem manter a raça de mutantes em ação ou dizimá-los definitivamente da Terra. Grandes muralhas orientais e ícones do poderio dos EUA se fragmentam diante do embate dos sentinelas e mutantes. A história passa a ganhar novo capítulo e um dos maiores enigmas da humanidade é revelado diante da plateia, após os créditos finais. Caminhos escritos para uma continuação, prometida para 2016. Novamente com Singer como diretor.
O futuro esquecido, abandonado em quase todo o filme, volta com força em seus 40 minutos finais, onde é mantido com incrível tensão. As polarização global entre norte-americanos e chineses se tornam palco dos duelos que podem manter a raça de mutantes em ação ou dizimá-los definitivamente da Terra. Grandes muralhas orientais e ícones do poderio dos EUA se fragmentam diante do embate dos sentinelas e mutantes. A história passa a ganhar novo capítulo e um dos maiores enigmas da humanidade é revelado diante da plateia, após os créditos finais. Caminhos escritos para uma continuação, prometida para 2016. Novamente com Singer como diretor.
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Para ver: X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO (X-Men: Days of a Future Past, 2014, de Brian Singer). Com Hugh Jackmann, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Halle Berry, Nicholas Hoult, Elen Page, Peter Dinklage, Ian Mckellen, Patrick Stewart, Even Peters
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